quinta-feira, 28 de abril de 2011

At work

O que May mais queria era trabalhar na sua área.

Contra todos da família fez Belas Artes, aprendeu a ver a beleza do mundo através de quadros que ninguém entendia. Ao fim da faculdade, fazia estágio num colégio, trabalhar com criança era difícil, mas alguém falou q seria fácil?!?
 

No colégio, o Orientador elogiava sua postura e desempenho perante todas as turmas. Por isso foi fácil se tornar uma professora titular. Mas esse não era o seu sonho de May. Era apenas uma oportunidade de mostrar para sua família e a si mesma que poderia sim viver de arte. Ao ser professora titular May conheceu uma outra realidade...

Aquilo não era um colégio, não era um local para ensino, era um antro de pessoas do mal, sem personalidade, que se vendiam por qualquer trocado.

O Orientador, O Coordenador e O Diretor (todos os homens poderosos) faziam o que queriam com "As Professoras". Eram reuniões intermináveis, almoços de 3 ou 4 horas, relacionamentos que eram além do trabalho.

May tratou de se afastar, manter a sua postura profissional e ser ética. Nas suas reuniões deixava a porta aberta, não era tao simpática como antes, pouco sorria...


A postura contrária era notória e como incomodava. O Orientador que era a pessoa que May tinha mais contato foi o primeiro a mudar, já que "favores" ele não aconteceria com ela, o jeito era puni.

A punição era suja, corrigir trabalho de outra professora e realizar trabalhos administrativos que nada tinham a ver com usa função. May acatou até onde pode, num ato de honestidade, conversou com O Orientador.



- São muitas funções, eu sou uma só! Os responsáveis pelas tarefas que deveriam fazê-las. Eu estou cansada...


- Você tem que se virar. Você é a única que está se fudendo...


Na mesma hora May pensou: "Tem que ser 'profissional' para não se fuder de tanto trabalhar, e apenas ser fudida pelo superior?!?"

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